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Nascido
em Lisboa, em Novembro de 1883, foi um
escritor teatral de grande valor,
encontrando-se o seu nome associado a algumas
das melhores peças do teatro ligeiro
português. Autor de fecundo e brilhante
trabalho, no decurso de cerca de 40 anos de
intensa actividade escreveu, sozinho e em
parceria, mais de cem peças de todos os
géneros, que obtiveram enorme sucesso junto
do público e que causam, ainda hoje,
admiração e boa disposição a todos
quantos, com renovado prazer, têm a
oportunidade de a elas assistir.
Da sua
pena nasceram as peças "O Costa do
Castelo", de que faz parte a famosa
"Cantiga da Rua" , "A Menina
da Rádio", "O Noivo das
Caldas", "Varanda dos
Rouxinóis", "O Menino da Luz"
e "O Escorpião", entre muitas
outras.
A
partir de 1912 formou, com Ernesto Rodrigues
e Félix Bermudes, aquela que ficou conhecida
como a "Parceria de Lisboa", autora
de revistas, operetas, fantasias e argumentos
de enorme sucesso, como "O Leão da
Estrela", "João Ratão",
"Vida Nova", "Conde
Barão", "O Amigo de Peniche",
"De Capote e Lenço", etc.
Colaborou
também com muitos outros escritores
teatrais, entre os quais, Xavier da Silva,
Álvaro Cabral, André Brun, Henrique
Roldão, Bento de Faria, Luiz Galhardo,
Alberto Barbosa, Xavier de Magalhães,
Pereira Coelho, Hermano Neves, e Lino
Ferreira.
Foi
condecorado, em 27 de Julho de 1925, pelo
Presidente da República Manuel Teixeira
Gomes, com a comenda de Santiago da Espada.
Participou, como sócio fundador, na
constituição da Sociedade Portuguesa de
Autores, de cujo Conselho Fiscal foi
presidente de 1925 até 1937.
Em
1935, João Bastos partiu para o Brasil com o
actor Procópio Ferreira, e aí teve larga
actividade como adaptador, empresário,
cronista na rádio, etc..
No dia
11 de Julho de 1970, a Câmara Municipal de
Lisboa descerrou a placa toponímica que
baptiza uma das artérias desta cidade com o
nome de Rua João Bastos.
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